Efectuou-se um estudo que se concentrou na vida sexual de 12 mil adolescentes, entre os 12 e os 18 anos.
Segundo os dados, os jovens que defendem a abstinência atrasam o início da sua vida sexual até ao momento em que contraem matrimónio, casam mais cedo, têm menos parceiros, mas nem por isso estão protegidos de uma infecção. Foi o que os autores confirmaram, seis anos depois, quando voltaram a inquirir os mesmos adolescentes.
As estatísticas de DST entre estes jovens e os que têm vida sexual activa são semelhantes, dizem os investigadores. O estudo refere que a taxa de infecção de DST entre adolescentes brancos abstinentes é de 2,8 por cento e de 3,5 para os sexualmente activos. Entre os hispânicos é de 6,7 para 8,6 por cento. Entre os jovens negros a taxa é de 18,1 para os abstinentes e 20,3 para os outros. E, por fim, entre os asiáticos, os defensores da virgindade têm uma média mais alta que os outros: 10,5 contra 5,6 por cento. Do ponto de vista estatístico, os números são iguais para os dois grupos, defende Peter Bearman, da Universidade de Columbia, co-autor do inquérito com Hannah Bruckner, de Yale. O problema, refere o estudo, é que os defensores da virgindade usam menos preservativos do que os outros.
"A mensagem é simples: Dizer 'não' pode funcionar a curto prazo, mas não a longo", declara Peter Bearman.